Verbo
O verbo expressa um fato, um acontecimento: o que se passa com os seres, ou em torno deles. Apresenta algumas variações de formas, fazendo com que expressem três ideias:
Modo:
Indicativo, subjuntivo e imperativo. Há ainda estas formas nominais: infinitivo (pessoal e impessoal), particípio e gerúndio.
Tempo:
Indicativo
Presente, Pretérito, Futuro do Presente e Futuro do Pretérito.
Subjuntivo
Presente, Pretérito e Futuro.
O modo imperativo tem apenas um tempo, o Presente — e apenas uma forma verbal (o infinitivo do verbo) para todos os pronomes —, que também se aplica às ordens que se dão para o Futuro e o Passado:
Faça o que eu lhe digo / disser / disse.
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Voz: Expressa a relação entre o processo verbal e o comportamento do sujeito:
Voz ativa — Em que o sujeito é o agente do processo indicado pelo verbo:
Um incêndio destruiu a antiga casa.
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Voz passiva — Em que o sujeito é o paciente do processo verbal:
Destruiu-se a antiga casa.
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Voz reflexiva — Em que a ação parte voluntariamente do sujeito e sobre ele recai:
Entristecido, o homem suicidou-se.
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Voz dinâmica — Em que se exprime a mudança de situação do sujeito, mas sem intervenção da vontade dele:
Minrionu feriu-se em um espinho da flor.
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Conjugação Verbal:
Conjugar verbos foreanos é acrescentar ao infinitivo desinências de tempo invariáveis a todas as pessoas gramaticais. A tabela abaixo ilustra a conjugação do verbo ser (etas):
Os verbos terminados em –es, –is, –os e –us conjugam-se da mesma maneira, porém mantendo a vogal da sílaba final do verbo, como ilustra a tabela modelo:
A conjugação de qualquer verbo é regular, seja com qual infinitivo for. Note também que, se formos construir uma frase, o verbo flexionado deve estar sempre acompanhado da pessoa gramatical, caso contrário não se saberá a quem a ação verbal se refere, pois não há desinências número-pessoal, como no português, que indicam cumulativamente o número e a pessoa. Mas há, como no português, de alguma forma semelhante, a desinência modo-temporal — exceto no presente do indicativo, no subjuntivo e no imperativo afirmativo —, que indica o modo e o tempo:
Amanhã lerei aquele livro. — Percebemos que o verbo ler está flexionado para a primeira pessoa do singular, no futuro do presente do modo indicativo, sem que haja necessidade do pronome eu. Já no idioma foreano, esta frase deverá ser escrita assim, se for textual:
Amanhã lerei aquele livro.
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Se a frase for falada, e referir-se à pessoa que fala, o pronome não é mencionado:
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Se a pessoa que fala referir-se a outrem, o pronome deverá aparecer:
Amanhã você lerá aquele livro.
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Outra frase:
Eu sempre digo a verdade.
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A tradução ao pé da letra dessa frase para o português seria: Eu sempre dizer a verdade. Isso porque o tempo presente do indicativo não possui desinência de tempo, portanto, quando se quer falar no tempo presente emprega-se o verbo em sua forma infinitiva. Mas o sentido daquela frase sempre será, em foreano: Eu sempre digo a verdade.